sábado, 28 de novembro de 2009

S.S. Comunicação Comparada VIII

Diário de bordo, dia 13 de novembro de 2009, a tempestade aumentou, tomou proporções monstruosas e resultou em uma catástrofe. A embarcação virou e naufragou, a maioria da tripulação sobreviveu, mas agora era cada um por si, querendo se salvar e salvar as suas preciosidades e tesouros pessoais. Nadando para as ilhotas da proximidade, nos separando, tomando novos objetivos pessoais. Obviamente muitos devem ter sidos mortos em ilhas que não aceitavam distinção de nenhum gênero, esses nativos não aceitam fácil gente do continente sem que tenham algum interesse particular. Eu agora encerro esta viagem, escrevendo da ilha onde fiquei escondido por todos esses dias, é uma ilha onde os nativos são pouco evoluídos, têm dificuldades de comunicação e aos poucos estão se dizimando, espero que eu sobreviva mais um pouco, espero que eu aprenda mais um pouco, espero um dia voltar pro continente. Se você encontrou esta garrafa saiba que independente de eu estar vivo ou não o importante é que contei a minha história.

S.S. Comunicação Comparada VII

Diário de bordo, dia 06 de novembro, uma tempestade nos atingiu e tivemos que parar em uma ilhota tão pequena que era possível atravessá-la em um dia. Os nativos eram moças e rapazes de corpos esculpidos, rostos lindos, que andavam nus pela ilha, eu pedi para a tripulação ficar no navio, mas ninguém me deu ouvidos, foram todos para a ilhota em busca de prazeres e uns disseram até que ficariam na ilha para sempre. Não sabíamos que essa ilhota nos escondia outra surpresa. Após a primeira noite na ilha alguns tripulantes meus acordaram amarrados cercado de nativos que diziam que iam jogar no mar os corpos que já foram “usados”, logo vi que eram os rapazes que tinham aprontado de noite. Os nativos diziam que os corpos só serviam pra uma noite só e que o prazer momentâneo foi grande, mas que passou. Eu tive que negociar novamente a vida da minha tripulação de uma maneira bem simples, eu disse: “Vocês têm uns aos outros, por que não se dão prazeres? Por que vocês não se dão prazeres a si próprios?”. No mesmo momento tanto homens quanto mulheres começaram a se masturbar onde estavam e eu voltei para o navio. E como se eu já não tivesse nenhum problema, chegando ao navio vi pedaços de papeis espalhados pelo navio, e cada pedaço estava falando mal de um dos tripulantes, o que gerou muito tumulto, algumas brigas, mas nada fora de controle. As “cartinhas” não eram assinadas, mas tenho certeza que foi alguém da tripulação mesmo, só espero que não aconteça um motim.

S. S. Comunicação Comparada VI

Diário de bordo, dia 30 de outubro de 2009, não vejo a hora de terminar esta expedição, o céu está se fechando cada vez mais e eu não quero ficar um mês a mais no mar por causa de tempestades. Após ter ficado uma semana sem ver terra firme descemos em uma ilha grande e bonita, precisávamos de algumas coisas para o navio. Demos sorte em pararmos nesta ilha, pois ela é cheia de barracas, mercados, comerciantes, eles vendem de tudo até vêem do mar flutuando. A princípio meus tripulantes ficaram deslumbrados e foram comprando de tudo, trocando mercadorias, era a Ilha do Tesouro. Andei um pouco mais, queria conhecer a ilha melhor e subindo uma elevação de rochas olhei para o outro lado da ilha e vi algo surpreendente. O outro lado da ilha não era tomado por barracas e gente negociando, era um lixão, montanhas e montanhas de lixo empilhado, era uma paisagem inteira de lixo. Perguntei a um nativo de onde vinha tanto lixo e ele me disse que aquilo eram as mercadorias que eles compraram mais que já ficaram velhas. Eu queria entender o quão velha elas eram quando me deparei com um nativo que acabara de comprar uma o concha de caramujo. Ele comprou, saiu da barraca, passou por mim e arremessou a concha na direção do lixo olhando pra mim e dizendo: “Ultrapassada.”, e nos dez minutos que fiquei lá o vi jogar mais três objetos fora. Andei mais um pouco e vi que as pessoas iam até o elevado de rochas constantemente, jogando suas mercadorias fora e indo buscar outras. Depois percebi que existiam tantas barracas que não havia nenhuma casa, eles não tinham onde guardar toda aquela mercadoria com eles, eles por fim das contas não possuíam nada, não possuíam nenhum bem. E fiquei sabendo que a mercadoria vem de navios que descarregam lá aos montes, certamente vêem carregados de lixo do continente.

S.S. Comunicação Comparada V

Diário de bordo, dia 23 de outubro de 2009, o vento acabou trazendo algumas nuvens para o céu, o sol está meio escondido agora, não pretendíamos parar tão cedo, temos um roteiro para seguir, mas uma ilha nos chamou a atenção. Ela não estava no mapa, tanto eu quanto meus companheiros de embarcação fomos tentados pelo mistério. Confesso que metade da tripulação ficou animada, a outra estava desanimada e cansada, eles reclamavam sobre horários e turnos, alguns dos rapazes queriam trabalhar durante a noite e dormir durante o dia por causa do sol, mas era de dia que eu precisava deles para manejar as velas ou outra função que necessitasse de claridade. A pequena ilha misteriosa foi uma perda de tempo. Todo nativo que eu encontrava por lá seguia a uma seita estranha, que tinha um “guru” que ditava as regras, a moda e todo o resto, ele explicava tudo que você perguntasse, ele era o dono da verdade. O problema é que ninguém o indagava ou ao menos duvidava, eram fiéis e acreditavam piamente em tudo o que dizia. Ridículo, eles não conseguiam nem fazer uma pequena reflexão sobre algo, ou discordar do tal “guru”. Pra mim ele não me passa de um vigarista enganando a todos e fazendo com que façam suas vontades, ninguém percebe que idiota é ficar sentado na frente dele seguindo os conselhos mais absurdos como se não soubessem pensar por si sós. Um pouco que contraditório a isso o nome dele era Theodor Viehweg em homenagem a um filósofo alemão, mas os seus fiéis o chamavam pelas iniciais. Não valia a pena perder mais de um dia rodeados de alienados.

S.S Comunicação Comparada IV

Diário de bordo, dia 16 de outubro de 2009, o sol estava no céu, não havia nuvens, mas o vento forte nos forçou a parar em uma ilha maior que ficava perto de uma parede de corais, foi a pior experiência da minha vida, mas mesmo assim valeu a pena, pois foi uma experiência que não se pode esquecer. Fugindo das brigas da última ilhota paramos bem em uma ilha onde aconteciam pequenas guerrilhas e ataques. Diferente das outras ilhas, nesta existiam tribos. Uma das tribos, que se localizava no centro da ilha, envolta de uma catedral majestosa com vitrais e pinturas, eles eram bem religiosos, rígidos, impenetráveis e intolerantes, quando perceberam a presença de meus tripulantes mandaram nos caçar e nos queimar em algum dos muitos rituais que realizavam, eram certamente fanáticos. E por esse motivo viviam em guerra com os moradores da orla, que eram extremamente curiosos, queriam saber como o mundo funcionava, estudavam os corais, os peixes, as aves costeiras, a vegetação e até a areia da praia. Mas toda essa vontade de saber nos colocou em uma enrascada, um grupo de nativos da orla que é mais radical que o resto nos prendeu como reféns por dois dias e duas noites, eles queriam dissecar nossos corpos a fim de estudar o “povo que veio do mar” (como se referiam a nós). Após muito tempo de conversa e negociação convenci a eles que para nos entender melhor eles teriam que nos observar no nosso habitat natural, o mar. Então nos soltaram ficaram na praia assistindo ao nosso navio partir, anotando tudo e ficando um pouco irritados conforme o navio se afastava.

S. S. Comunicação Comparada III

Diário de bordo, dia 09 de outubro de 2009, o céu estava aberto, mas o vento estava soprando mais forte, a tripulação está se preparando para zarpar, os nativos estão um pouco mais hostis que semana passada, discussões e brigas foram freqüentes nesses últimos dias, um grupo de jovens se irritou com o comportamento de um homem mais velho, eles diziam que o velho se passava por professor, mas que na verdade não ensinava nada. Os jovens se diziam cansados de apenas se comunicar uns com os outros, eles queriam informações de verdade. Percebi que eles se manifestavam como viciados, queriam informações de qualquer forma. Um tripulante meu me contou que ouviu dizer que eles contrabandeavam informações. Vendiam talvez para os habitantes do outro lado da ilha. Vamos embora antes que as coisas piorem por aqui.

S. S. Comunicação Comparada II

Diário de bordo, dia 02 de outubro de 2009, acampando em uma ilhota ao norte, tempo ainda estável e céu ainda ensolarado, mas sem previsão para zarpar. Os nativos da ilhota são muito hospitaleiros, nos tratam muito bem, querem ensinar tudo sobre a cultura deles, a ilha é cheia de estruturas que se parecem com as nossas escolas, eles dividem conhecimentos entre mais velhos e mais novos, homens e mulheres, compartilham tudo, são organizados, educados, e muito unidos. Uma parada tranqüila se não fosse por alguns morados do outro lado da ilhota que vão morar sozinhos e distante dos grupos, eles dizem que já sabem de tudo e se isolam, vez ou outra vem para este lado buscar algum material ou mercadoria, fazem barulho o dia todo tentando construir embarcações para sair de lá, mas não pedem ajuda pois se acham auto-suficientes. Eu sei muito bem que não se navega sozinho, não me admira que muitos já tenham morrido, mas eu admiro a vontade deles de conhecer o mundo e sair desta ilhota minúscula onde vivem presos, eu também tentaria fugir.

S.S. Comunicação Comparada I


Diário de bordo, dia 18 de setembro de 2009, em alto mar, tempo estável, céu ensolarado, ótimas condições de navegação. Estamos por entre um arquipélago, a tripulação se recuperando da última parada, que foi um pouco confusa... Paramos em uma ilha enorme, mas um pouco mal cuidada, a vegetação era densa, mas se dava pra passar por ela, como se estivesse tudo abandonado. Com ajuda de um facão fomos entrando floresta adentro até encontrarmos os nativos de lá. Eles se dividiam de uma maneira estranha, ficavam um longe do outro, isolados, não existia nenhuma formação de grupo ou família, mas o comportamento era curiosamente padronizado. Eles ficavam sentados o dia inteiro e se comunicavam uns com os outros através de gritos e urros por estarem distantes, e não levantavam para nada. Falavam a nossa língua, mas em um dialeto confuso cheio de siglas. Eles me contaram também que se alimentavam de luz e que não possuíam um líder, que apesar de não se verem, eram todos iguais. Curiosamente, apesar dessa igualdade toda insistiam em brigar por quem é o mais bem alimentado. Saímos da ilha em um dia, não éramos bem vindos.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Platão e Maurício de Souza

Aula 09/10

Existe uma diferença entre comunicação e informação. Informação sistema fechado, onde existe uma verdade, objetiva, inquestionável e imutável e a comunicação é um sistema aberto com suas características relacionadas aos desejos, inclusão/exclusão, articulação de poder. As redes sociais são capazes de expressar idéias políticas e econômicas e pensamentos. Esse segmento que proporciona a ampla informação a ser compartilhada por todos, sem canais reservados e fornecendo a formação de uma cultura de participação, é possível graças ao desenvolvimento das tecnologias de comunicação e da informação, As redes unem os indivíduos organizando-os de forma igualitária e democrática em relação aos objetivos que eles possuem em comum.Com isso reforçando a importância da informação e do conhecimento nos dias atuais em nossa sociedade.

A caverna de Platão - Eterna realidade


A sociedade vive do consumo, da miséria, do dinheiro, e sem duvidas o que movimenta tudo isso é que eu chamaria de "O Reality show". Sim, vivemos nessa sociedade, mais do que isso, somos essa sociedade. O que mais me aflige é que apesar de reconhecer todos esses mecanismos, criar ideais contra esse sistema, tudo nunca se passam de ideais. Poucos vão além de falar apenas e tentar modificar essa sociedade. O fato é que esses acabam sendo engolidos pela sociedade. Meio ambiente, casacos de pele, ONG's, sociedades "anonimas", tudo não passa de "rótulos" para aqueles que tentam ser diferentes diante dessa sociedade.
Não que eu seja a favor do desmatamento, ou do uso de casaco de peles, ou contra ONG's. Mas o que é uma ONG, se não uma Organização não governamental, que conta com dinheiro do governo para tentar fazer aquilo que o estado diz não conseguir fazer. Dinheiro esse que vai alimentar a High Society em jantares "beneficientes".
Rotary, Lions, até mesmo a Maçonaria nos dias atuais, não passam de rótulos, esses que o individuo precisa para ter "status".
De que adianta sair da caverna, enquanto não sabemos reconhecer o que é real? O que garante que não estamos vendo alguma outra projeção que deu origem a sombra vista anteriormente? Por que acreditar que não somos manipulados até mesmo para encontrar a "realidade"? Quem garante que nossa visão ofuscada pela luz, não nos faz querer enxergar cada vez mais as sombras?
Só me resta acreditar que o ser humano tem instinto, assim como todos os demais animais. O resto, vai do feeling de cada um. Alguns são mais lógicos que outros. Alguns alcançam mais metas que outros. Não digo mais nada, além de concordar com a teoria de Darwin.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Universo Singular - Aula 13/11

Todos os dias nos deparamos com pessoas distintas de nós, diferenças essas de raça, sexo, escolaridade, nacionalidade, cultura, comportamento, crença, entre muitas outras. Aceitar tanta diversidade é tarefa para poucos.
Mundos diferentes que criam o grande abismo entre os seres humanos, pensamos de forma singular e egoísta, mas basta parar e olhar para o outro lado mais universal, para perceber que o Homem colocou o mundo de cabeça para baixo.
A condição universal é a condição da escolha, ética, política, cientifica, e acima de tudo a possibilidade de argumentar de forma mais elaborada e ter um raciocínio argumentativo. A estrutura do conhecimento está diretamente ligada aos pensamentos universais, que sempre dão espaço e tornam possível o debate.
Comparar pensamentos em uma sociedade que não se acha no direito de se adaptar a diversidade humana, gera progressivamente as situações de exclusão, e o que a sociedade realmente precisa não é de inclusão, menos ainda exclusão, mas sim integração.
Na mídia as diferenças muitas vezes são colocadas para de baixo do tapete, muitas diferenças nascem a partir desse meio de comunicação, pessoas querendo ser quem não são, ter uma família de propaganda de margarina, adotando comportamentos totalmente contrários a sua personalidade, e também modificando o corpo para parecer com qualquer ator da novela das 8. Enfim, a sociedade recebe uma chuva de informação e não faz ao menos uma filtragem, a pobreza vira espetáculo diante de tanta gente que não sabe mais do seu verdadeiro “eu”.
As comparações em qualquer âmbito são necessárias e sadias, fazem as pessoas pensarem nas diferenças de forma racional, e entender que diferentes modos de viver, os chamados acidentes, só são chamados assim porque fogem do nosso "normal".O que é o seu normal, para mim pode ser um acidente e assim por diante, não importa qual seja seu ponto de vista, comportamento, sexo ou classe social, a diversidade está ai para ser respeitada. E para alcançar esta sociedade tão ideal, é necessário que cada um de nós nos façamos parte integral do todo /comunidade /sociedade.
A pobreza é uma privação das oportunidades, dos bens essências aos quais cada ser humano tem direito, todos deveriam ter acesso a educação básica e serviços de saúde, e se essas pessoas não forem preparadas para participar das tomadas de decisões que afetam sua vida, tendem a permanecer no mesmo lugar.
Com a tecnologia, a acessibilidade instrumental, não há mais barreiras nos instrumento e ferramentas de estudo, lazer, recreação e trabalho, a única barreira que nos prende é exatamente a que nós mesmos criamos.

Enquanto você fica ai causando tumulto......


Ah ultimo post! Acabou!
Acabou a falácia, acabou a hipocresia, acabou a falsidade.
Acabou tudo que está apenas começando.
Mas restou o que foi aprendido, ou talvez confirmado, dizer tudo que não se faz, apontar todos os defeitos que se tem, escraxar tudo que se vive.
O ser humano está muito longe de um dia ter pensamento social, de ser verdadeiro, de fazer a coisa certa, se é que existe o certo no mundo dos errados.
Isso inclui todos, inclui voce, inclui eu, inclui o Urbano, inclui todos que sao capazes de escrever, pensando ou não, sobre tudo que o mundo deveria ser que não somos!
Universal? Particular? Isso existe? Pra mim são apenas aglomerações de singulares que acham que fazem algo por uma formiga além deles, mesmo porque pra quem acredita que pensamentos individualistas beneficiam um conjunto, somos mais que perfeitos.
Somos o singular mais universal do mundo.
O resultado é o mesmo, pense como queira não vai passar de individualismo, de um mundo podre com bases tortuosas.
Falar sobre tudo que só é possível acusar, escrever sobre tudo que nunca se pensou na vida e xingar os semelhantes é a atitude mais particular que se pode esperar.
Bye bye comunicação hipócrita, até a proxima esquina onde nos encontramos pra começar tudo outra vez. Ou quem sabe pior!

Aula 13/11

As atitudes benéficas para o conjunto são geradas através de uma consciência coletiva, mas antes de ser coletivo, a consciência tem de ser individual. O indivíduo ao adquirir a noção da importância das suas ações passa a agir de maneira produtiva na sociedade, tentando modificar as falhas existentes. O campo coletivo é formado por pensamentos individualistas, mas que geram benefícios para o conjunto, ou seja um pensamento inicialmente individual, que atinge o coletivo, está fazendo parte da evolução da vida e cada pequena ação individual pode se tornar coletiva e fazer a diferença na vida das pessoas.Criamos a condição universal.

Aula do dia 13/11


O que é dado

As fascinantes imagens são incorporadas por alguém. Beleza , justiça, certo, errado, felicidade, amor =), ódio =/... Temos consciência do que faz bem e do que faz mal para sociedade. Ser narigudo ou baixinho, ALTO, Feio, não é fácil. PARE!

Quem colocou essas imagens em nossas cabeças? Parecemos crianças, o que é feio é mau e o que é bonito é bom. Perdemos o contato pessoal. Deixamos de lado os sorrisos para colocar SMILE em nossas camisas. Até temos direito de consumo, mas não temos de cidadão. Talvez aquela história de conversar na praça seja uma boa solução, ah não desculpe, você não está arrumado para sair! O nosso mundo ficou pequeno, agora somos só nós mesmos. Lutamos pelo novo e pelo diferente, mas não aceitamos o outro. Queremos respeito e não damos. Queremos que aceitem nossos pensamentos joviais, mas não aceitamos conselhos dos pais.

Nosso propósito é nos libertar de tudo o que nos aprisiona, porém a cada dia fechamos nossas algemas. Aceitamos o que é dado. Aceitamos e não questionamos. Apenas seguimos e não pensamos.

Ideologia.
Um dia superamos

Aquilo que se evita, se convive.

Consciência individual ocorre quando há uma emancipação de valores reproduzidos pela sociedade, dependendo de relações livres e forçando a existência de um reconhecimento do "eu" perante o "outro". Só existe relação livre quando se tem consciência de si e para si.
Ou seja, quando se cria uma imagem auto-centrada, esquece-se de estar em uma relação. Dessa forma, o indivíduo não se reconhece como parte, não se relaciona com o outro, não tem consciência individual.
Aquele que tem noção da influência de seus atos perante a sociedade passa a agir de maneira mais produtiva. A consciência individual é, de certa forma, coletiva. É a partir dela que se reconhece o outro em si mesmo. O que não te agrada, provavelmente é desconfortável para o próximo.

Particular

Vivemos no mundo do "EU". "Eu" isso, "eu" aquilo, mas onde o "outro" entra? Não existe linguagem de uma só pessoa, não existe comunicação com uma só pessoa. Não existe vida de uma só pessoa.
Muito falamos sobre o que não gostamos, muito julgamos. Ao conhecer uma pessoa nos deixamos levar por alguns pontos como: O quê ela veste? como ela fala? como esta pessoa anda, come? quem são seus amigos? Pela resposta de uma dessas simples perguntas podemos ter uma imagem boa ou ruim sobre tal pessoa. Gosto ou não gosto. Não gosto porquê?
O fato é que hoje, não gostamos de muita coisa. Reclamamos de tudo que é diferente de nós, tudo que nos é "estranho". Vivemos no mundo do pensamento particular, quando precisaríamos viver no do pensamento universal. Mas para entender chegar à esse pensamento é necessário entender e conhecer o mundo. Quebrar os pré-conceitos que fazemos sobre tudo. Temos que aprender a entender e aceitar o quê é diferente de nós.
Chegando ao pensamento universal somos capazes de julgar de maneira correta. Nossa opinião sozinha nada vale. É necessário entender melhor o outro, para assim, entender melhor o mundo.

Expressão de minha singularidade (aula 13/11/09)

Houston, we have a problem.

As pessoas vivem cheias de problemas, não importa o tamanho e a dimensão, sempre serão assustadoramente grandes e piores do eu os dos outros.

Por que será?

Vivemos na singularidade de nossas vidas.

Aristóteles, filósofo, propõe-nos uma idéia, o diálogo, estruturado pelo pensamento e raciocínio, para termos argumentos e resolver problemas.

Mas, para dialogar é preciso ter argumentos, para ter argumentos é preciso pensar e para pensar é preciso, ao menos por um momento, enxergar universalmente, se desvencilhar do problema, sair e olhar de fora, para obter um julgamento correto e uma opinião geral.

É um desafio, deixar seu mundinho, seus problemas tão grandes e olhar para o lado, se colocar na situação do outro, tentar entender, pensar no melhor para todos e não no melhor para si, não aceitar subir usando pessoas como degraus, não concordar com o que banalmente se tornou normal. Mesmo que seja para tentar resolver seu próprio problema.

Ao mesmo tempo em que é tão singular, a singularidade se torna universal, é tudo normalmente geral, superficial.

Houston, we have another a problem.

Twitter = Singular?

Estaria o twitter relacionado a um problema?
Sendo esse problema seria ele um problema singular ou um problema Particular??

[F5] [F5] [F5] . . . Será que eu só estou pensando em mim??

Se por definição o pra ser um problema voce tem que ser atingido e tentar soluciona-lo então isso o torna Singular certo?
Mas e se eu tomar como parâmetro uma sociedade inteira e seus problemas isso se torna Particular??

e se eu pegar só alguns membros dessas sociedade isso me torna injusto, mascarado? ou apenas mais um querendo me destacar por motivos errados?

Quem gostou bate palma!
Ricardo Turner
AM4PP

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Aula 23/10

A indústria cultural está presente na vida cotidiana da população. O seu caráter manipulador cria uma visão ingênua da indústria cultural que julga interesses do conjunto da sociedade, um produto dela e, por isso um meio de comunicação que exerce uma ação na população, reproduzindo o que quer ver.
Todo este processo reproduz os interesses da classe dominante. A indústria cultural produz uma padronização e manipulação da cultura, alineando a população. O problema desta industria cultural é a do indivduo não respeitar a própria identidade.

Conclusão

A mídia é fator determinante no comportamento de grande maioria das pessoas. Instituindo regras e deixando seus anunciantes buscarem alcançar objetivos cada vez mais ambiciosos, ela acaba por promover verdadeiras "revoluções" no pensamento das pessoas. Os meios de comunicação acabaram aderindo à lógica instituída pela cultura dominante, de que o “belo” e o “perfeito” devem ser perseguidos a qualquer preço.
A publicidade manipula e seduz, transformando o indivíduo em consumidor passivo de tudo aquilo que de maneira atraente e dissimulada lhe é imposto. Somos mais influenciados por marcas que por ideais construtivos, nos rendemos ao que a mídia quer que sejamos e o somos, ou facilmente nos transformamos. Tudo por causa da aceitação social criada, também, pela mídia.
Camila de Andrade
Aula - 13/11

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sociedade de Consumo - 06/11

A sociedade de consumo defende a idéia de uma tribalização, ou seja, uma sociedade fechada, controladora. Nessa sociedade as relações são superfíciais (não são profundas) e tem a ver com a idéia de vínculo, de uma etiqueta social, hedonismo (prazer).

Se você viabiliza o prazer, você é bom. Se não, você é ruim.

Ninguém é livre, pois para que isso aconteça é necessário que se tenha uma relação de liberdade, assim, as pessoas buscam elas mesmas, nas outras. A identidade se estabeleçe nas relações.

O Senhor nega o escravo, assim, negando a si mesmo, e por isso ele se torna escravo também. Para que ele seja senhor, o escravo precisa existir, fazendo com que um precise do outro.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A nova sociedade (Aula 30/10/09)

Em uma época de transição, a população sofre mudanças cruciais para a vida em sociedade. Um exemplo é a arte-política que se transforma em mercadoria, ou seja, torna-se totalmente voltada para o lucro, é transformada em espetáculo aos olhos do novo cidadão, o consumidor.
Uma sociedade de trabalho até então ditada pelo Fordismo, transforma-se em Toyotista, onde os interesses são voltados totalmente para o consumo. Caracterizada pela fragmentação e a introdução de matéria sintética, e não mais a matéria prima, a sociedade de consumo vem para intensificar a visão capitalista de mundo, a qual visa a lucratividade.
Partindo da década de 20, a sociedade do “Labor”, ou seja, sociedade do sofrimento, tinha como característica a preocupação ética e política, companheirismo e laços sociais fortes, se diferenciando da sociedade posterior, a de consumo.
As mudanças foram bruscas para a sociedade, pois perdeu-se a individualidade por causa da massificação, tornou-se superficial e as relações sociais foram esvaziadas. Tais mudanças foram provocadas justamente por duas grandes crises, a de 1929 e a de 1973, trazendo, depois da segunda, a informática e tecnologia, mas também dívidas externas e o desemprego. É ai que a sociedade se depara com uma nova organização, a ditada pelo consumismo.
Deste modo, de uma sociedade de laços sociais fortes e de trabalho conjunto, a organização social passa a ser totalmente voltada para as ações individuais, visando lucratividade e transformando o até então cidadão em consumidor.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Um questão de escolha

Você olha no espelho e não sabe quem vê. Olha para o relógio. Está na hora de pedir ajuda. Analista, psicólogo, até os amigos. Você precisa desesperadamente descobrir quem você é. Precisa da sua identidade, mesmo sem saber exatamente o que isso significa. Precisa se auto-afirmar de alguma maneira e mostrar para todo mundo do que você é feito. Procura atrás de sua imagem um “eu” ainda não libertado. Uma marca da sua existência, quem você é no mundo. Você precisa do "outro" . Precisa captar elementos e características relevantes para a construção de um interior, pois assim chegará a sua identidade. Ok.

Tudo estava tranqüilo até você encontrar quem mais odeia andando do seu lado na rua. E quando se dá conta pensa: não será tão fácil assim. As pessoas ao seu redor são diferentes. Somos todos tão diferentes. O que se faz quando se tem valores, princípios e costumes que não se enquadram com os seus? Pressuponho que existirá uma ausência de palavras, um silêncio, distanciamento. Talvez seja uma questão de instinto. Mas dizem que sem relações não somos nada. E ser nada, nesse ponto, é estar fixado no mesmo lugar.

Para nos conhecermos melhor precisamos conhecer o outro também. É um estudo profundo da Psicologia. Precisamos analisá-lo de forma a juntar todas as suas características e comparar com nossas. A identidade se estabelece nas relações. Uma simples presença pode irritar, mas você terá que absorver algo da pessoa para você. Imagina? Ela fazendo parte do que você (não) é. Irrita, não? Somos realmente muito diferentes. Como se faz para escrever ou falar de algo que não se conhece? Entende? Como se acha a identidade sendo sozinho no mundo? Compara-se você com você mesmo? Eu, eu mesmo e Irene.

Ninguém quer torna-se um fundo em branco. Sufocante. Sem rótulo, sem nome, sem pensamentos, sem solução, sem emoções, sem rumo. Eu não.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Autonomia?

Individualidade. Pensamentos próprios. Ideologias únicas.

Isso realmente existe? Pois eu tenho a resposta. Não

Nossos gostos, nossas ideologias, nossos conceitos do que é bom ou ruim, feio ou bonito, são tudo fruto de um intenso trabalho que os meios de comunicação e as mídias fizeram e construíram a maneira de pensar de cada um.

Sim, nós não temos poder sobre absolutamente nada, e muito menos poder sobre nós mesmos. Somos algo parecidos com robôs, que são devidamente treinados para fazer o que eles querem que façamos. E no caso de nós, seres humanos, a mídia nos cria e nos treina para que façamos e que acima de tudo consumimos os produtos que eles anunciam.

Autonomia? Eu acho que não.

Sera se...?

[F5] .... [F5] ... [F5]... Ih, olha lá!

Lixa as unhas. Olha o relógio. Abre o msn e passa o cursor em cima de todos os nomes. Não, ninguém interessante. Sonzinho engraçado. Entrou alguém. Mais uma inha, também não é interessante, nem um pouco na verdade. Olha o relógio. [F5]. Ih, olha lá, o que é isso? Gente olha que legal! A discórdia! Adorei! Agora aqueles idiotas vão ver o que é bom.

Isso! Isso mesmo! Nossa, falou o que eu tinha vontade,estava preso aqui! Ai, um grito de liberdade! Abre o msn. Qualquer um, tanto faz, são todos interessantes agora. Inha, inha! Você viu? Nossa, to rindo! Adorei e você? Muito bom! Manda um emoticon.

Abre várias janelas. Ri do diferente. Ri do inimigo. Ri do amigo, ri, refestela-se. A adrenalina é tanta que esquece de tudo, esquece do nada, do vazio: agora preenchido. Parece coisa de novela, parece coisa deles, dos outros, não minha. Tudo bem, eu não faço parte, eu só dou risada. Eu assisto o assassinato, mas não pedi pra cometerem o crime. Não tenho culpa. Não quero culpados, são todos inocentes, estou rindo.

24 horas. 24 longas horas. Ai, cheguei! E agora? [F5] [F5] efe... Ai, aqui! DE MIM? COMO ASSIM? EU? Não! Não pode, o que é isso? Que ousadia! Isso? Como pode ser tão baixo!? Dela sim, mas de mim não. Não consigo rir de mim, não tenho essa maestria ainda, afinal não sei quem sou. Sou indefeso. Preciso de apoio, preciso que diga como estou bonito, como sou inteligente. Tenho medo deles. Tenho raiva deles. Eles. Eles agora são eu. Foram atacados como eu. Ela, a assassinada de hoje tem o caixão do lado do meu. Mas eu só ri. Só isso.

Sera se...? Se eu não tivesse rido, não tivesse falado, não tivesse postado. Sera se... a culpa é minha também? Minha!? Não, nunca. Não o meu Eu, não o meu espelho, esse ninguém mexe, ninguém aponta, meu retrato de Dorian Gray NÃO!

Já sei. Foi ele. Ele? É. Ele. Mate ele, apague as palavras, pixem os muros, só pode ter sido ele. Se não for também, o que importa é que me vinguei. Ele tava pedindo.


Quem me dera

Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente
Legião Urbana

Um parêntese (

Não tenho coragem. Deixei de expressar meu respeito, minha satisfação. Quero mais é entender o porquê de uma vida tão exaustiva, tão triste. Começam a dizer que é porque o mundo não foi feito em um dia. Não... Não me bastam apenas horas para entender o que levaram milênios a existir. A sabedoria deixou minha mente para bater às portas de um bloco cheio de concreto, ventiladores e luzes. Sim, luzes que me alumeiam! Perdi o foco com tanta informação trocada, tanto tiro no escuro. Como um cubo de pedra pode abrigar um coração sedento? Talvez precise de um ar mais puro, talvez seja a poluição da cidade de um só...

Não sou une, mas sou único. Progressistas poriam pedras em meus sapatos, já que não conseguem colocá-las em meu caminho. Mas nem isso, já que eles não entendem o meu pesar. Deixo-lhes, pois, a usura do desgaste, a doçura do contraste e a beleza da incompreensão. Quão retrógrada seria minha persistência em mutação? Acho que sofro é de complexo de X-men... Posso ser Wolverine, mas nunca saberei quem fui. Posso voar pelos ares, mas nunca beijarei uma boca sem matá-la de amores. Por isso mesmo é que eu falo, sem medo. Sei que um dia serei lembrado pela existência de minhas palavras. Cantadas, contadas, comidas. Sem mais, posso apenas dizer que sou eu o fruto da videira que é sedenta, que é mais. Nego-me a mim mesmo, creio-me são. Quantos mais direi eu ser em vão?