segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Comunicação Comparada - Aula 18/09

Para abrangir os termos relacionados ao avanço tecnológico, tais como a Internet e respectivamente a WEB, não podemos nos esquecer de analisar pontos de influências muito antigos, com base em épocas como o Iluminismo, ou época do Esclarecimento em que quem ditava o ritmo do crescimento era a Igreja, surgiram as primeiras enciclopédias e dicionários. As primeiras enciclopédias foram realmente invenção dos gregos antigos, mas tomou a forma que tem hoje em dia logo após a Revolução Francesa.
Conforme o passar do tempo, veio a necessidade de juntar a razão à Ciência para atingir progressos. John Locke afirmava que nascemos todos iguais, como uma página em branco, assim tendo possibilidades de construirmos nosso próprio caminho e consequentemente o da sociedade.
Quando citamos o período histórico da Revolução Francesa logo fazemos ligação com o período iluminista e liberal, em que o homem ingressa na participação ativa dos fatos do meio em que vive, onde até então eram fruto do Universo.
Para concretizar todo o avanço de fontes de estudo, como enciclopédias e a própria WEB, podemos basicamente citar o período em que foi instituído que a educação deveria ser pública, gratuita e sem religião, ou seja, sem influências externas. Assim começavam a surgir os meios de pesquisa e fontes de estudo que utilizamos até hoje em dia.

Texto sobre a última aula de Com. Comparada

Andréia C. Fernandes

COMUNICAÇÃO COMPARADA

A “Enciclopédia” de Diderot e D’Alembert era a obra suprema do Iluminismo. O grande agente ordenador era a Razão, que combinava as informações dos sentidos, trabalhando com as faculdades irmãs memória e imaginação. Assim, tudo que o homem conhecia derivava do mundo que o cercava e do funcionamento de sua própria mente. Foi a partir daí, 1750, que a ciência e a razão tomaram força juntamente com o antropocentrismo crescente.

Voltado para o iluminismo, John Locke, por exemplo, defendia a idéia de que nós construímos a nossa história e a história da sociedade, e que o divino não era mais a base para as ações dos homens e nem para seus pensamentos. As explicações não eram mais dadas através da religião, e sim das ciências, com dados concretos e a base de uma metodologia.

Com a pré-revolução francesa a idéia de antropocentrismo, ou seja, o homem no centro do mundo, estava em alta. Surgindo ideais filosóficos e políticos baseados no liberalismo, onde o homem deixa de ser fruto do mundo e passa a fazer parte do meio, o influencia.

Em 1789, como estopim para as novas idéias de mundo que estavam se concretizando, acontece a esperada Revolução Francesa, a qual tinha como lema: “Vida, propriedade e futuro”, assumindo completamente pensamentos iluministas e do liberalismo, intensificando o desejo social de escola para todos, tendo caráter obrigatório e sendo laica, sem religião.

Deste modo, com os primeiros pensamentos iluministas, trazendo a razão e a luz, e posteriormente com a Revolução francesa, podemos chamar hoje a sociedade em que vivemos de Sociedade Republicana e Democrática Representativa, a qual é constituída pelo governo legislativo e executivo e pelo Estado jurídico, e uma última opinião, porém não menos importante, a opinião pública, testemunhando os ganhos que a sociedade obteve com os pensamentos que descentralizavam o poder e transformavam-no em um bem comum.

A iluminação

O termo iluminismo como também pode ser chamado, "Esclarecimento ou Ilustração", se refere a uma época da história intelectual ocidental. O termo se refere não a uma iluminação própriamente dita, mas sim uma iluminação pelo esclarecimento, uma mudança que viria a afetar drásticamente a europa do século VXIII e o mundo. Se tratando de uma época na qual quem ditava as normas era a camada eclesiástica, ou seja a própria igreja. Com a busca por um esclarecimento maior se faz necessário recorrer à ciência, a qual traz uma infinidade de mudanças. Entre elas o advento da enciclopédia, que apesar de não ter sido realmente inventada nesta época em questão, e sim na antiga Grécia, e a partir desse momento na revolução francesa que ela toma a forma da enciclopédia que conhecemos, isso porque com os ideais da revolução francesa, de igualdade e liberdade, se torna necessário uma forma de aprendizagem com mais facilidade de ser difundido, e esses ideais que forame estipulados na época da revolução seguem até hoje na França. E que afirma o ideal do iluminismo como disse John Lock na teoria da Tabula Rasa " O homem nasce como uma folha em branco", portanto somos todos iguais.

A influência da luz

Para entender o ponto que alcançamos nos avanços tecnológicos em relação à comunicação, como a WEB, é necessário analisar influências muito antigas, que datam da época do surgimento das primeiras Enciclopédias e Dicionários.
Durante a pré-revolução francesa, surgiram diversos pensadores e filósofos, sendo um deles John Locke que pregava ideais liberais e iluministas, usando idéias racionais e científicas para conscientizar a população de que o homem faz parte do mundo, e é participativo em sua construção.
Ele é considerado o pai do liberalismo moderno, que defende a propriedade privada, a igualdade de todos perante a lei, a limitação do poder do governante e o livre mercado. As idéias republicanas, constitucionais e o direito ao voto surgiram a partir das idéias liberais. O homem começa a se enxergar como parte integrante do mundo, influente em seu meio e sua história.
Em 1789 então, com a Revolução Francesa, essas e muitas outras idéias liberais foram postas em prática, como o direito a um futuro, com educação pública, gratuita e obrigatória.
Surge uma Sociedade Republicana e Democrática Representativa que representa os interesses do público, sua intenção de voto. Os poderes Legislativos e Executivos são representados pelo Governo, o Poder Judiciário pelo Estado e a Opinião Pública como parte participante das decisões representada por manifestações, pelo jornalismo, e etc.

domingo, 27 de setembro de 2009

Comentário - Aula sobre memória da humanidade (18/09)

Nossas vidas nunca foram tão atribuladas de significação. Passamos horas do dia ouvindo e vendo aquilo que os outros nos falam, nos mostram e nos fazem acreditar ser verdade. Mídias ilusórias com as quais contemplamos essas informações nos trazem a variedade das coisas que no mundo existe. Pensamos o repensado do pensado novamente. Enxergamos a pele da camada do quadro mais perfeito. Acreditamos, cremos e lemos com afinco todos os dias as informações das mais variadas fontes do saber. Aonde quero chegar? Simples: nossa memória virtual é a faceta da realidade midiática que nos aflige. Somos a mostra da Nova era, inundada por um turbilhão de marés digitais repletas de fitoplânctons. É deles que nos alimentamos, sedentos da sabedoria Informacional. Não buscamos, entretanto, aquele alimento mais precioso que se encontra no fundo do mar, longe da superficialidade das águas docemente salgadas. O saber, que fica ao fundo, longe da luz do dia-a-dia meridiano, esconde-se na sombra de todas as espécies marinhas, que só têm sentido quando, juntas, formam o organismo vivo que é o Oceano em que essas mídias se encontram. Usá-las para gerar sentido em todo esse universo oceânico é o que move todo esse estudo de Comunicação, no qual a combinação das mídias é imprescindível, benéfica, e necessária para que nossa memória nunca deixe sua virtualidade ser uma mera possibilidade.

o surgimento da enciclopédia e a revolução francesa

O surgimento da enciclopédia como conhecemos hoje acontece na época da revolução francesa e do iluminismo. É a obra máxima da luz, do esclarecimento, da razão que acabaria com o misticismo da religião.

Isso foi possível graças a exteriorização da memória aplicada desde a invenção da escrita, e graças ao amadurecimento dos vários campos da ciência que vinham despontando desde o renascimento de 1500.

Outro fator crucial para a origem da enciclopédia foi a própria revolução francesa com os seus ideais de igualdade e liberdade. A educação deveria ser pública, obrigatória e laica. O conhecimento para ser difundido precisou de uma nova ferramenta de comunicação, que resumiria todo o conhecimento científico, político e histórico até então conquistado, surge a primeira enciclopédia moderna.

Comunicação Comparada - Aula 18/19/2009

Com o surgimento do papel veio a memória artificial que é denominada “artificial” devido a não necessidade de um cérebro humano para armazenar o conteúdo em questão. Como os seres humanos estão sempre evoluindo, eles evoluíram os meios de armazenamento e criaram a web, que tem o mesmo conceito de uma enciclopédia.
A enciclopédia fora criada na Grécia Antiga com o propósito de expandir os conhecimentos de grandes intelectuais a população, e o único meio de poder transmitir a cultura para a população é através de uma memória artificial, tal memória transferida através do papel, onde os filósofos passavam seus conhecimentos, e conseguiam assim atingir um número maior de pessoas e de manter seus pensamentos vivos por um tempo praticamente infinito.
John Locker inicia o pensamento iluminista, pensamento este que incitava a crença na ciência como luz em meio a escuridão, através de um pensamento revolucionário na época que era que o ser humano vinha ao mundo como uma página em branco e esse pensamento só foi revolucionário na época devido ao fato de todos no século XVIII (século de vida de John Locker) acreditarem que o homem já nascia com o conhecimento, ao invés de adquiri-lo de acordo com sua evolução, sua experiência viva.
Já em 1789 na Revolução Francesa com um pensamento iluminista imposta pelos seus idealizadores foi instituído que a educação deveria ser pública, gratuita e sem religião, algo imparcial em que na educação cada um deveria seguir o seu próprio caminho sem influências externas, mas com algum tipo de ajuda, e com esse tipo de pensamento houve o surgimento da web.
A web é uma extensão do pensamento iluminista no qual utiliza uma memória artificial para que todos possam escrever e receber informações de qualquer lugar do mundo a onde nos estivermos no momento que o fato tenha ocorrido, fazendo da web uma evolução do papel e dos meios de comunicação, comunicação essa que deixa de ser pessual e passa a ser globalizada.

Comunicação Comparada - Aula 18_19_2009

Atualmente vivemos em um mundo digital, tudo que vemos é uma memória artificial, então podemos chamá-la de WEB.

Isso mesmo, tudo que você vê, e que você faz na WEB, é fruto da necessidade de expandir a comunicação. Ampliar sua rede social é adaptar-se a sociedade e prosseguir com um processo de comunicação extrema.

Vejamos desde o passado, as enciclopédias e dicionários eram a forma mais eficiente de racionalizar as artes, as artes técnicas e ciências da sociedade e das “gentes de letras”.

John Cocke defende a idéia de que nós construímos a nossa história e a história da sociedade, então vamos ver, alguns acontecimentos que influenciaram o modo de pensar e de agir dos indivíduos:

· Iluminismo: luz - Ciência e razão;

· Pré- revolução francesa: as idéias dos filósofos surgem em cima do liberalismo, daí então o homem deixa de ser fruto do mundo e passa a ser influente na sociedade, parte do meio;

· Revolução Francesa: é quando surge à educação pública obrigatória, gratuita e laica (sem religião);


Hoje fazemos parte da sociedade republicana e democrática que representa a intenção de voto do público e os interesses da sociedade:

· Legislativo/Executivo: fazem parte do governo;

· Jurídico: faz parte do Estado, do judiciário;

· Quarta opinião pública: Jornalismo e manifestações.

Cominicação - Comentário resumido

A memória humana nem sempre foi tão "compartilhada". No princípio, quando a humanidade não se utilizava da escrita, o pensamento humano era disseminado pela oralidade, o que levava a se estabelecer uma memória coletiva social. Contudo, ao se inventar a escrita, o homem passou a transferir seu pensamento para o exterior, dominando a era da memória singular, o pensamento único passou a ter valor autoral. Como os primeiros passos que culminariam no ideário iluminista da Revolução Francesa, encontramos a tentativa de se racionalizar todo o pensamento científico ocidental numa enciclopédia. Antes disso, outras enciclopédias já haviam sido criadas, mas nenhuma que abrangesse a natureza e a complexidade das ciências como elas são vistas hoje em dia. Percebemos, portanto, a necessidade do Homem em exteriorizar seu conhecimento, e atualmente isso é ainda mais fácil graças às ferramentas disponíveis para essa aldeia Global em que vivemos, a ponto de nos integrar e agrupar na busca da Enciclopédia da vida humana. Nunca a Opinião Pública foi tão importante quanto na nossa sociedade Republicana, já que, graças às variadas formas de compartilhamento de idéias propiciado pela Internet, o mundo todo pode ouvir a voz do povo.

Aula Comunicação Comparada 18/09/2009

Aqui é a Vera Lúcia Fregonezi.


Diversas formas de se comunicar já existiam até o surgimento da WEB, mas ela surge como um meio de expandir a comunicação, ficando mais fácil de nós sabermos o que está acontecendo em todo o mundo em apenas alguns segundos. É usada a memória artificial.

Em 1750-1775 surgiram à enciclopédia e o dicionário racionado das artes, artes plásticas, ciência da sociedade e gentes de letras, como forma de passar o conhecimento à sociedade.

Com o surgimento do movimento iluminista, surge o pensamento do Antropocentrismo, onde colocam o homem não mais como algo divino, e John Lock diz que nascemos como a página em branco de um livro e que a partir de nossas vivências, iremos construindo a nossa história e também a história da sociedade.

1789 – Revolução Francesa e com ela mudanças econômicas, como o trânsito mundial do comércio, além também de mudanças políticas e filosóficas liberais, a educação virou pública, obrigatória e laica, sem religião. O princípio liberal é Viver e Escolher. A opinião pública começou a ser medida pelo jornalismo e a sociedade passa a ser Republicana Democrática Representativa, ou seja, representam o voto de parcela e interesses da sociedade.


Comunicação Comparada - Resumo da aula

Na época da Grécia antiga a memória coletiva era usada para a disseminação da informação dos grandes pensadores. Com a invenção da escrita, as informações puderam ser guardadas de uma maneira segura, sendo chamadas de memórias artificiais.
No século VII, o sobrinho de Platão, escreveu a Enciclopédia do Pensamento Grego. No século V d.C foi escrita a Enciclopédia da Cultura Romana (contém informações de mais de 450 intelectuais). No século VII é escrita a Enciclopédia sobre o Cristianismo, que contém informações da Igreja. Todas essas Enciclopédias são formas de memória artificial, pois o que foi escrito lá, outras pessoas poderiam ter acesso depois de muito tempo que foram escritas.
John Locke defende a idéia de que nós construímos nossa história e a história da sociedade que vivemos. É a partir desse pensamento, que começa a surgir o pensamento iluminista, com o objetivo de trazer o conhecimento para uma sociedade que vivia nas "trevas". Anteriormente acreditava-se que o conhecimento era natural, ou seja, que o homem já nascia com ele.
O Iluminismo queria uma mudança nas ideias político e filosóficas e também na educação, que para eles deveria ser pública, obrigatória, gratuita e laica (sem religião). Na pré- Revolução Francesa o homem deixa de ser só fruto do mundo e torna-se fonte do meio, influente.
Hoje as sociedades em sua maioria são republicanas, democráticas e representativas, em conseqüência das ações da Revolução Francesa, ou seja, dos pensamentos iluministas. O sistema atual é composto pelo poder legislativo (governo), o poder executivo (governo), pelo poder jurídico (estado, judiciários) e o quarto poder que é a opinião pública (jornalismo, manifestações), esta, que é a principal responsável pela alimentação da web, que veio como a forma mais forte e fácil de explorar e guardar pra sempre todas essas idéias, espalhando-as de uma forma que nenhum outro meio de comunicação conseguiu, garantindo assim, que as ideias de todos tenham uma exposição global e fiquem para sempre em forma de memória artificial.

[Resumo] Aula do dia 18/09/2009 – Comunicação Comparada

Aqui vos fala, Renan Pinelli.

No Século XVIII, existiu uma corrente de pensamento que tentava explicar os fenômenos sociais e naturais através da razão, desacreditando de toda e qualquer outra teoria e forma de pensar anterior a ela. Tal corrente também contestara a crença religiosa e seus dogmas, essa corrente foi o Iluminismo. Além de contestar a igreja, os fenômenos sociais e naturais, ainda propagava a idéia de quê o conhecimento não era adquirido com o tempo, e sim natural de cada ser humano. Entretanto, um filósofo britânico (John Locke) que fora iluminista, acreditava exatamente no contrário do que sua corrente de pensamento supostamente o guiava, ele via o conhecimento humano como algo a ser desenvolvido, ou seja, saiamos do zero e preenchíamos nossa bagagem de conhecimento através da experiência de vida e convivência.
A sociedade da época não era tão suscetível a novas idéias, ainda mais diante do fervo que o iluminismo causava no pensamento de filósofos em geral, então as teorias de Locke junto a “Enciclopédia Racionada de Artes e Ofícios”, acabaram chocando tal sociedade ao propor que o pensamento deveria ser liberal e guiado pela razão de cada um. Enquanto Locke apenas divulgava sua perspectiva de conhecimento, a Enciclopédia encorajava a separação do Estado e da Igreja, além de combater os dogmas religiosos e as instituições que os propagavam. Logo em seguida, devido suas idéias liberais acabou inspirando líderes da Revolução Francesa (1789) e muitos intelectuais da época que “acompanhavam” a onda iluminista que se propagava.
A inspiração que a enciclopédia pregou nos lideres da Revolução Francesa, a situação dos trabalhadores, a insistência dominante da Igreja perante a sociedade, somados a influência direta do iluminismo, trouxeram os princípios de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” (Liberté, Egalité, Fraternité) durante a Revolução. Esses princípios foram cruciais e marcantes para que os filósofos dessa época passassem a se denominarem “intelectuais”, afinal de contas, eles viam seus conhecimentos como algo único (da prática iluminista) e que só o tinham devido sua experiência.
Os mesmos “intelectuais” iluministas, usavam a imprensa como forma de disseminação dos ideais filosóficos que a prática iluminista conduzia na época, então, a mídia impressa teve um dos papéis mais decisivos na época da revolução porque através dela é que circulavam as notícias da revolução dentro da esfera pública, ou seja, os intelectuais que muitas vezes possuíam os recursos da mídia impressa, eram responsáveis por “contar” para a população o que acontecia durante a revolução. Essa mesma informação se tornou apenas informativa, ao invés de argumentativa devido a constante globalização que sucedeu a revolução e seus eventos particulares, já que a informação passou a ser global e informativa, o antigo “jornal diário” que era mais um desabafo intelectual do quê uma informação mediada, passou a ser o nosso conhecido jornalismo, ou seja, se tornou diário, “imparcial” e informativo.
Concluindo..
Os ideais iluministas acabaram trazendo perspectiva idealizadora que foi forte o suficiente para guiar lideres políticos/revolucionários durante a Revolução Francesa. A tensão que ocorria durante a Revolução forçou aos “intelectuais” a usar da mídia que tinham, a impressa, para divulgar para a população o que pensavam sobre o evento pelo qual viviam na época, essa mesma mídia impressa (jornal) acabou deixando de ser individualista e ‘pessoal’, para dar espaço a esfera globalizada de informação, trazendo a informação no lugar do comentário.

Comunicação Comparada - Da Memória Artificial ao Iluminismo

Com o surgimento da escrita, a humanidade pode reunir sua historia e seu conhecimento em um local seguro que preservasse o conteúdo nele colocado. Esse local de armazenamento das informações ganhou o termo de memórias artificiais por não dependerem do cérebro humano para a conservação de seus dados.
Na Grécia Antiga, no século VII a.C, Espeusito (ou Speusipo), o sobrinho de Platão, escreve a Enciclopédia do Pensamento Grego. A enciclopédia é uma forma de memória artificial, pois, seus conhecimentos podem ser acessados por diversas pessoas em períodos distintos. No século V d.C, foi escrita a Enciclopédia da Cultura Romana que contém informações de mais de 450 intelectuais, já no século VII nasce a Enciclopédia sobre o Cristianismo com assuntos pertinentes a Igreja. Pode-se notar que, em diferentes ocasiões, todos os enciclopedistas quiseram notificar a historia de sua cultura para serem acessadas posteriormente por outras pessoas.
No século XVIII acreditava-se que o homem nascia com capacidades inatas, ou seja, o conhecimento surge junto com o ser. Neste período, John Locke (filósofo inglês e liberal) contesta esse pensamento afirmando que o ser humano vem ao mundo como “uma página em branco” e que, ao crescermos, construímos a nossa história e da sociedade a qual pertencemos. A partir deste pensamento começa a ser esboçado o pensamento iluminista que traz a ciência como luz em meio a escuridão.
Esses preceitos puderam ser empregados com o advento da Revolução Francesa em 1789, que foi inspirado no conceito Iluminista que procurava promover uma mudança no contexto político e filosófico, principalmente na educação, que, segundo os iluministas, deveria ser pública, gratuita e laica (sem religião).
Após esse resumido comentário a respeito das memórias artificiais e do iluminismo fica claro alegar que o projeto da WEB como arquivamento de conhecimento remonta há pelo menos duzentos anos.
A sociedade atual (pelo menos a maioria) é republicana, democrática e representativa, uma decorrência do pensamento iluminista e da ação da Revolução Francesa. O sistema atual é composto por três poderes: o Legislativo, o Executivo, e o Judiciário. O quarto poder é a chamada opinião publica, sendo que, esta não carece de eleição. A opinião publica é amparada pela comunicação, e mais especificamente pelo jornalismo, que atua como um elo entre a população e os outros poderes. Com a interatividade e o avanço tecnológico dos meios de comunicação, o quarto poder atinge uma nova proporção, pois conta com a mediação de todos que se tornam emissores e autores das informações a respeito das esferas publicas e privadas.

Resumo da aula do dia 18/09/2009 – Comunicação Comparada

Iluminismo (sec. XVIII) - Corrente de pensamento cuja principal característica é explicar por meio da razão os fenômenos sociais e naturais da época, além de contestar a crença na religião.
Até esse momento, acreditava-se que o conhecimento era natural, que nascíamos com ele. John Locke, filósofo iluminista britânico, acredita que nascemos com uma página em branco que vai sendo preenchida com a experiência (fonte do conhecimento).
O choque na sociedade provocado por essas novas idéias iluministas aumentou ainda mais com o surgimento da "Enciclopédia Racionada de Artes e Ofícios", que tinha como objetivo divulgar o pensamento liberal, guiado pela razão. A Enciclopédia propunha a separação da Igreja do Estado e combatia as instituições religiosa. Por exercer forte influência nos intelectuais da época, inspirou também os líderes da Revolução Francesa.
Revolução Francesa (1789) - A exploração dos trabalhadores, a dominação por parte da Igreja e também a forte influência iluminista, foram fatores que abriram espaço para uma grande mudança política. A Revolução Francesa proclamou princípios de "Liberdade, igualdade e fraternidade". Os filósofos desse período se denominavam "intelectuais" e não "acadêmicos" pois as instituições universitárias eram aversivas diante a esses revolucinários de pensamento crítico.
Informação na esfera pública - Dentro do movimento iluminista, a imprensa tinha grande atuação na propagação dos ideais dos filósofos da época. A mídia através da imprensa era decisiva pois havia um número alto de notícias a serem publicadas, inclusive em relação a Revolução. Posteriormente, com a globalização, o crescimento da imprensa levou ao fim da esfera pública porque deixou de ser um espaço argumentativo e passou a ser apenas informativo. Surge então a necessidade da comunicação, o jornalismo diário, ou seja, a opinião pública é agora mediada pelo jornalismo.


Maria Alice Maggio Thiezerini - AM4PP

sábado, 26 de setembro de 2009

Transição das Mídias: Os Passos da Comunicação Social

Por Sabrina Bernardini


A Internet tem causado mudanças na questão da Comunicação Social desde sua invenção, século XX. Nessa época houve uma transição de sociedades para a chamada Sociedade de Mídias Digitais, ou seja, uma sociedade mais interativa, que busca o conhecimento e o saber como fonte de riqueza e poder. Uma sociedade em que há manipulação de conteúdo, na qual todos podem ser o autor, publicando e alterando informações, pois tornou-se algo coletivo. Há uma ação simultânea e recíproca, o fluxo de informação passa a ser incrivelmente mais eficaz, uma aproximação dos usuários e uma convergência das mídias permitindo a ligação do “emissor” e do “receptor”.

Com o acúmulo de informações e seu arquivamento na WEB as memórias se transformam para memória artificial. Memória artificial pois tudo fica armazenado em dispositivos artificiais e não guardados no cérebro. Essa idéia de arquivamento permeia os anos de 1770 a 1775 com o surgimento da Enciclopédia, na qual o conhecimento ficava registrado e poderia ser compartilhado, assim como é o caso da internet.

O acesso a informação significa, antes de tudo, a liberdade de expressão, o rompimento das barreiras do controle da comunicação, o fim do monopólio de informação. Segue um princípio liberal, o de viver e escolher. O de aprender e construir. Como citou John Locke, filósofo e ideólogo liberal um dos nomes de influência da Revolução Francesa, “construímos nossa história e construímos também a história da sociedade”.

Atrelado a isso existe a intensificação nesse cenário do poder da opinião pública que julga, coletivamente, e expressa seu posicionamento em relação a um determinado assunto.