quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Neurose Global

A Indústria Cultural está presente em todos os países de diversas formas. Esta, através de espetáculos, massifica e transforma tudo em objeto de consumo a fim de gerar uma idolatria em torno de algo especifico que, em determinado momento, é aceito e incorporado a sociedade onde este conceito é aplicado. Essa forma de alienação ocorre no cinema, na moda, na política, no âmbito social, em regimes totalitários e democráticos, socialistas e capitalistas.
Na Indústria Cultural, o homem perde a característica de cidadão e passa a ser compreendido como consumidor, o que vale é o poder de venda e compra a fim de gerar lucro para as grandes corporações. Atualmente, uma pessoa é decodificada pela marca de roupa que usa; se a pessoa é aventureira, usa marca X, se moderna Y. N a sociedade, a marca dita a personalidade do consumidor ao invés deste ditar no que a marca deve investir. O que é passado para nós é aceito e dito como verdade absoluta, isso ocorre no ideal de beleza, no ideal de saúde, no ideal socioeconômico e etc.
Nem tudo o que se consome é produto. Idéias também são consumidas e incorporadas. Podem ser citados os cinemas da década de 1950 que vendiam o “estilo de vida norte-americano”, sendo este massificado pelos cinemas de Hollywood, incorporado e aceito na grande maioria das nações ocidentais.
Atualmente chegamos a um nível critico. A neurose pelo ideal estético, econômico e comportamental tem se difundido com mais rapidez e de modo globalizado. Os meios de comunicação cada vez mais integrados, transformam a visão de pessoas do outro lado do mundo. Torna-se cada vez mais comum a incorporação do pensamento ocidental nos meios orientais o que gera um conflito entre o tradicional e o moderno. Quantos orientais se vestem como ocidentais? Quais japonesas ainda usam quimono? Isso é uma incorporação do estilo de vida europeu e norte-americano que flagela séculos de história. Esse é o poder da Indústria Cultural.

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