Quem se libertará?
Dialética do senhor e do escravo, defendida por Hegel, traduz com muita propriedade a essência das relações. A sociedade consumista, a qual é caracterizada por ser hedonista, fragmentada, ditada por etiqueta social, moda e tribalizada, possui relações superficiais. O ser humano adquiri sua identidade por meio das relações. No caso do senhor e do escravo, Hegel esclarece que para existir liberdade, é necessário que tenha uma relação de pessoas conscientemente livres (todas as partes dessa relação precisa ter essa consciência de liberdade). O senhor acha que é livre contudo, só é senhor porque relaciona com o escravo, logo ele é escravo dessa relação. Portanto a pessoa ao se relacionar com outra, está apenas buscando si mesma. Ao dizer que o outro é estranho, digo que eu sou estranho para o outro, neste caso tenho duas opções: Aceito ou rejeito. Ao aceitar me aceito, ao rejeitar me rejeito.
É fácil classificar-se como livre chicotiando o ombro alheio. Difícil é libertar-me desta relação.
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