sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Aula do dia 30/10

Protesto pelo bem (do eu)

Entre os anos 60/70 ocorreu uma transformação conceitual, de uma sociedade trabalhadora para uma sociedade do consumo. Trabalho, natureza, laços sociais, responsabilidade, entre outros conceitos foram deturpados. A sociedade experimentou, antes dessa década, relações com profundidade e comprometimento. O trabalho produzia uma identidade que era conquistada com muito sofrimento e labor, os protestos políticos foram encarados de maneira significativa, deixaram o gosto subjetivo e abraçaram a causa do povo. Entretanto, à partir da década de 70 o indivíduo passou a esvaziar-se do coletivo para conquistar questões puramente pessoais. A busca pelo prazer passou a ser seu protesto, resultando em laços frágeis e superficiais com o próximo. Tudo vira produto, sua identidade depende do que veste, o desenvolvimento da tecnologia possibilitou conforto e reprodução em série de objetos e obras de arte, perdeu-se o valor pelo trabalho, pois, o labor foi transferido para uma máquina. Esta “nova” sociedade, agora fragmentada, sofre por decorrência destas mudanças: desemprego exclui o indivíduo consumidor; o individualismo agravou a fome, violência, abuso sexual, homicídios..., a questão da política causa ataque de risos quando lemos ou ouvimos os espetáculos de comédias governamentais, “comida e diversão” abafam a voz do povo.
O terceiro setor foi idealizado para ser solução da sociedade, todavia recebemos-o como “cavalo de Tróia”, agora aguentamos “coices na face”. Talvez, se deixarmos o nosso egoísmo de lado, agindo em favor do próximo e vigiando as conseqüências de nossas ações , conseguiremos começar uma real evolução.

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