sábado, 28 de novembro de 2009

S.S Comunicação Comparada IV

Diário de bordo, dia 16 de outubro de 2009, o sol estava no céu, não havia nuvens, mas o vento forte nos forçou a parar em uma ilha maior que ficava perto de uma parede de corais, foi a pior experiência da minha vida, mas mesmo assim valeu a pena, pois foi uma experiência que não se pode esquecer. Fugindo das brigas da última ilhota paramos bem em uma ilha onde aconteciam pequenas guerrilhas e ataques. Diferente das outras ilhas, nesta existiam tribos. Uma das tribos, que se localizava no centro da ilha, envolta de uma catedral majestosa com vitrais e pinturas, eles eram bem religiosos, rígidos, impenetráveis e intolerantes, quando perceberam a presença de meus tripulantes mandaram nos caçar e nos queimar em algum dos muitos rituais que realizavam, eram certamente fanáticos. E por esse motivo viviam em guerra com os moradores da orla, que eram extremamente curiosos, queriam saber como o mundo funcionava, estudavam os corais, os peixes, as aves costeiras, a vegetação e até a areia da praia. Mas toda essa vontade de saber nos colocou em uma enrascada, um grupo de nativos da orla que é mais radical que o resto nos prendeu como reféns por dois dias e duas noites, eles queriam dissecar nossos corpos a fim de estudar o “povo que veio do mar” (como se referiam a nós). Após muito tempo de conversa e negociação convenci a eles que para nos entender melhor eles teriam que nos observar no nosso habitat natural, o mar. Então nos soltaram ficaram na praia assistindo ao nosso navio partir, anotando tudo e ficando um pouco irritados conforme o navio se afastava.

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