sábado, 28 de novembro de 2009

S.S. Comunicação Comparada V

Diário de bordo, dia 23 de outubro de 2009, o vento acabou trazendo algumas nuvens para o céu, o sol está meio escondido agora, não pretendíamos parar tão cedo, temos um roteiro para seguir, mas uma ilha nos chamou a atenção. Ela não estava no mapa, tanto eu quanto meus companheiros de embarcação fomos tentados pelo mistério. Confesso que metade da tripulação ficou animada, a outra estava desanimada e cansada, eles reclamavam sobre horários e turnos, alguns dos rapazes queriam trabalhar durante a noite e dormir durante o dia por causa do sol, mas era de dia que eu precisava deles para manejar as velas ou outra função que necessitasse de claridade. A pequena ilha misteriosa foi uma perda de tempo. Todo nativo que eu encontrava por lá seguia a uma seita estranha, que tinha um “guru” que ditava as regras, a moda e todo o resto, ele explicava tudo que você perguntasse, ele era o dono da verdade. O problema é que ninguém o indagava ou ao menos duvidava, eram fiéis e acreditavam piamente em tudo o que dizia. Ridículo, eles não conseguiam nem fazer uma pequena reflexão sobre algo, ou discordar do tal “guru”. Pra mim ele não me passa de um vigarista enganando a todos e fazendo com que façam suas vontades, ninguém percebe que idiota é ficar sentado na frente dele seguindo os conselhos mais absurdos como se não soubessem pensar por si sós. Um pouco que contraditório a isso o nome dele era Theodor Viehweg em homenagem a um filósofo alemão, mas os seus fiéis o chamavam pelas iniciais. Não valia a pena perder mais de um dia rodeados de alienados.

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