sábado, 28 de novembro de 2009

S.S. Comunicação Comparada I


Diário de bordo, dia 18 de setembro de 2009, em alto mar, tempo estável, céu ensolarado, ótimas condições de navegação. Estamos por entre um arquipélago, a tripulação se recuperando da última parada, que foi um pouco confusa... Paramos em uma ilha enorme, mas um pouco mal cuidada, a vegetação era densa, mas se dava pra passar por ela, como se estivesse tudo abandonado. Com ajuda de um facão fomos entrando floresta adentro até encontrarmos os nativos de lá. Eles se dividiam de uma maneira estranha, ficavam um longe do outro, isolados, não existia nenhuma formação de grupo ou família, mas o comportamento era curiosamente padronizado. Eles ficavam sentados o dia inteiro e se comunicavam uns com os outros através de gritos e urros por estarem distantes, e não levantavam para nada. Falavam a nossa língua, mas em um dialeto confuso cheio de siglas. Eles me contaram também que se alimentavam de luz e que não possuíam um líder, que apesar de não se verem, eram todos iguais. Curiosamente, apesar dessa igualdade toda insistiam em brigar por quem é o mais bem alimentado. Saímos da ilha em um dia, não éramos bem vindos.

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