domingo, 27 de setembro de 2009

Comentário - Aula sobre memória da humanidade (18/09)

Nossas vidas nunca foram tão atribuladas de significação. Passamos horas do dia ouvindo e vendo aquilo que os outros nos falam, nos mostram e nos fazem acreditar ser verdade. Mídias ilusórias com as quais contemplamos essas informações nos trazem a variedade das coisas que no mundo existe. Pensamos o repensado do pensado novamente. Enxergamos a pele da camada do quadro mais perfeito. Acreditamos, cremos e lemos com afinco todos os dias as informações das mais variadas fontes do saber. Aonde quero chegar? Simples: nossa memória virtual é a faceta da realidade midiática que nos aflige. Somos a mostra da Nova era, inundada por um turbilhão de marés digitais repletas de fitoplânctons. É deles que nos alimentamos, sedentos da sabedoria Informacional. Não buscamos, entretanto, aquele alimento mais precioso que se encontra no fundo do mar, longe da superficialidade das águas docemente salgadas. O saber, que fica ao fundo, longe da luz do dia-a-dia meridiano, esconde-se na sombra de todas as espécies marinhas, que só têm sentido quando, juntas, formam o organismo vivo que é o Oceano em que essas mídias se encontram. Usá-las para gerar sentido em todo esse universo oceânico é o que move todo esse estudo de Comunicação, no qual a combinação das mídias é imprescindível, benéfica, e necessária para que nossa memória nunca deixe sua virtualidade ser uma mera possibilidade.

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