domingo, 27 de setembro de 2009

[Resumo] Aula do dia 18/09/2009 – Comunicação Comparada

Aqui vos fala, Renan Pinelli.

No Século XVIII, existiu uma corrente de pensamento que tentava explicar os fenômenos sociais e naturais através da razão, desacreditando de toda e qualquer outra teoria e forma de pensar anterior a ela. Tal corrente também contestara a crença religiosa e seus dogmas, essa corrente foi o Iluminismo. Além de contestar a igreja, os fenômenos sociais e naturais, ainda propagava a idéia de quê o conhecimento não era adquirido com o tempo, e sim natural de cada ser humano. Entretanto, um filósofo britânico (John Locke) que fora iluminista, acreditava exatamente no contrário do que sua corrente de pensamento supostamente o guiava, ele via o conhecimento humano como algo a ser desenvolvido, ou seja, saiamos do zero e preenchíamos nossa bagagem de conhecimento através da experiência de vida e convivência.
A sociedade da época não era tão suscetível a novas idéias, ainda mais diante do fervo que o iluminismo causava no pensamento de filósofos em geral, então as teorias de Locke junto a “Enciclopédia Racionada de Artes e Ofícios”, acabaram chocando tal sociedade ao propor que o pensamento deveria ser liberal e guiado pela razão de cada um. Enquanto Locke apenas divulgava sua perspectiva de conhecimento, a Enciclopédia encorajava a separação do Estado e da Igreja, além de combater os dogmas religiosos e as instituições que os propagavam. Logo em seguida, devido suas idéias liberais acabou inspirando líderes da Revolução Francesa (1789) e muitos intelectuais da época que “acompanhavam” a onda iluminista que se propagava.
A inspiração que a enciclopédia pregou nos lideres da Revolução Francesa, a situação dos trabalhadores, a insistência dominante da Igreja perante a sociedade, somados a influência direta do iluminismo, trouxeram os princípios de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” (Liberté, Egalité, Fraternité) durante a Revolução. Esses princípios foram cruciais e marcantes para que os filósofos dessa época passassem a se denominarem “intelectuais”, afinal de contas, eles viam seus conhecimentos como algo único (da prática iluminista) e que só o tinham devido sua experiência.
Os mesmos “intelectuais” iluministas, usavam a imprensa como forma de disseminação dos ideais filosóficos que a prática iluminista conduzia na época, então, a mídia impressa teve um dos papéis mais decisivos na época da revolução porque através dela é que circulavam as notícias da revolução dentro da esfera pública, ou seja, os intelectuais que muitas vezes possuíam os recursos da mídia impressa, eram responsáveis por “contar” para a população o que acontecia durante a revolução. Essa mesma informação se tornou apenas informativa, ao invés de argumentativa devido a constante globalização que sucedeu a revolução e seus eventos particulares, já que a informação passou a ser global e informativa, o antigo “jornal diário” que era mais um desabafo intelectual do quê uma informação mediada, passou a ser o nosso conhecido jornalismo, ou seja, se tornou diário, “imparcial” e informativo.
Concluindo..
Os ideais iluministas acabaram trazendo perspectiva idealizadora que foi forte o suficiente para guiar lideres políticos/revolucionários durante a Revolução Francesa. A tensão que ocorria durante a Revolução forçou aos “intelectuais” a usar da mídia que tinham, a impressa, para divulgar para a população o que pensavam sobre o evento pelo qual viviam na época, essa mesma mídia impressa (jornal) acabou deixando de ser individualista e ‘pessoal’, para dar espaço a esfera globalizada de informação, trazendo a informação no lugar do comentário.

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