quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Consciência Social virou Folclore

Atualmente coexistem duas formas de sociedade onde, em certos momentos, uma se destaca mais do que a outra. Uma chama-se sociedade do trabalho (mais antiga), esta, preza a coletividade dos trabalhadores e a consciência de classe, criando assim uma identidade forte.
A forma de sociedade mais recente chama-se sociedade do consumo, esta é embasada no comportamento caracterizando uma sociedade vazia e de vínculos sociais frágeis. O que move esta sociedade é a superficialidade dos costumes e do que está na “moda”. Em decorrência desta ilusão a sociedade do consumo está em constante transformação, modificando-se, de acordo com as tendências vigentes nos meios culturais e estéticos, incorporadas na sociedade através da indústria cultural.
No Brasil, obviamente, a sociedade do consumo está em alta e a do trabalho em vertiginosa decadência. No nosso país, pode-se notar a ocorrência (principalmente entre jovens e adolescentes) da idolatria ao consumo desenfreado, na triste realidade de que uma marca ou produto define o ser. A questão da consciência social, como uma forma de integração entre os habitantes virou folclore no Brasil, não passa de mito, lenda.
O consumo controlado em si não é uma coisa ruim. As pessoas precisam entender que na mesma medida que se usufrui de uma democracia, o cidadão também tem que responder os seus deveres para com a própria. O cidadão tem o direito de escolher o que quer usar e como usar tanto quanto tem o dever de ser politicamente engajado a fim de tornar a nação um lugar mais justo e digno de seus habitantes. O que falta no Brasil é saber relacionar e trabalhar as duas coisas.

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